Médicos brasileiros dizem que impacto do cigarro é igual em pessoas com ou sem HIV


A nicotina não causa efeitos colaterais especiais em pacientes em tratamento antirretroviral. 
A afirmação é da  infectologista Marinella Della Negra, do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, de São Paulo.
Segundo ela, o cigarro é prejudicial para qualquer pessoa, principalmente para quem apresenta algum tipo de problema pulmonar.
Para a médica, os tratamentos médicos visando ao abandono da dependência do cigarro são os mesmos receitados para quem é HIV positivo e para fumante sadio.
A infectologista garante que os adesivos de nicotina e os medicamentos como antidepressivos não interferem no tratamento antirretroviral, mas aconselha o paciente a usar adesivos e remédios com a orientação médica.
O infectologista Esper Kallás, pesquisador da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), ressalta que o tabagismo é mais prejudicial do que os inibidores de protease contidos nos antirretrovirais.
Ele concorda com Marinella sobre a importância de buscar ajuda com um médico caso a pessoa sinta necessidade de apoio para largar o cigarro.
Robinson Camargo, infectologista e coordenador do Serviço de Assistência Especializada em DST/Aids (SAE) Herbert de Souza, diz que a decisão de largar o fumo tem de partir do paciente e não do médico.
Camargo acrescenta que os pacientes de AIDS têm uma vida dura: "para eles estarem bem precisam ter um prazer. Muitas vezes fumar é o único prazer"..